As secretarias municipais de assistência social, educação e saúde debateram sobre as políticas públicas de proteção
A Cidade de Japeri reuniu, nesta terça-feira, (30), na Escola Municipal Bernardino de Melo, representantes de diversas secretarias municipais para uma tarde de discussão sobre o ‘Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’. O evento, que encerra as mobilizações do Maio Laranja, contou com representantes da sociedade civil e de organizações governamentais e não governamentais.
Durante o evento, diversos especialistas tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências, como o conselheiro tutelar de Duque Caxias, Fábio Macedo, que falou sobre os sinais de alerta que podem ajudar na identificação da ocorrência do abuso sexual, e a assistente social, Renata Custódio, que discursou sobre o trabalho desenvolvido pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Japeri.
A subsecretária, Suelem Morethsson, representou a Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho e destacou as ações da Semast para a proteção de crianças e adolescentes vítimas e frisou ainda, a importância de toda a sociedade ser alimentada com as informações do tema.
“Precisamos discutir essa temática com maior frequência. Os casos de abuso e exploração sexual seguem ocorrendo em todo o país e nós temos a responsabilidade de conscientizar as famílias sobre as ações que precisam ser colocadas em prática. Trouxemos especialistas no assunto e o público presente teve a oportunidade de entrar em contato com muita informação relevante”, disse.
Já o conselheiro tutelar de Duque de Caxias, Fábio Macedo, valorizou a oportunidade de conversar com a equipe técnica da área sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. “Depois da pandemia, os índices de abuso pioraram muito. A rede precisa funcionar como um fluxo muito bem dirigido e discussões como as de hoje são fundamentais. Tive a chance de falar que muitos dos abusadores estão próximos às crianças e aos adolescentes. São membros da família ou amigos dos responsáveis. E dentro desse contexto, precisamos estar atentos aos sinais de alerta que podem indicar a ocorrência de um abuso, como mudanças bruscas de comportamento e enfermidades psicossomáticas”, pontuou.
No final do evento, a adolescente Thalita dos Santos, que faz parte do serviço de convivência do Centro de Referência de Assistência Social de Engenheiro Pedreira, falou sobre a importância da palestra para o aprimoramento das redes de apoio. “É muito importante que toda a sociedade esteja comprometida em denunciar os casos de abuso”, apontou a jovem.
Fotos: Lucas Alexandre