O evento teve o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e contou com representante da empresa Águas do Rio
O Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), reuniu nesta sexta-feira, (14), no auditório da Escola Municipal Bernardino de Melo, gestores dos órgãos municipais de assistência social, membros de instituições e da sociedade civil para debater sobre a ‘Tarifa social da água’. O encontro foi realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social.
O evento teve como palestrantes, o representante da empresa Águas do Rio, Anderson Lopes; Bruno França da FASE Rio, organização que atua na promoção ao direito à cidade, na defesa de espaços urbanos democráticos e ambientalmente sustentáveis. E Patrícia Finamore, pesquisadora do Laboratório de Estudos de Águas Urbanas – LEAU/UFRJ.
O debate contou ainda com a participação da Secretária de Assistência Social e Trabalho, Ana Paula Alves, que destacou os investimentos realizados pela gestão pública em infraestrutura de saneamento, drenagem e pavimentação. A gestora se comprometeu em intensificar a busca ativa de usuários no perfil de uso da tarifa social. “Entendemos que precisamos repassar todas as informações desse debate para os nossos usuários, vamos ter uma assistência social mais presencial, porque a pandemia nos reteve devido aos cuidados sanitários”, disse.
O presidente do CMAS, Esdras da Silva, relatou a importância do debate entre a sociedade civil e a empresa pela Águas do Rio com a interlocução da assistência social, que atua diretamente na qualidade de vida do usuário.
O representante da Àguas do Rio, Anderson Lopes, destacou a necessidade de a empresa atualizar os mapas de ligações de água, ajustando o serviço à qualidade que a população precisa e merece. “Estamos num desafio de levar água de qualidade aos usuários e para isso, também saímos daqui com ajustes a fazer. E, temos nossos canais abertos para o atendimento da população”, declarou.
Através de um resgate histórico da gestão da água e das emergências hídricas vividas pela sociedade, Bruno França, da FASE RJ, destacou o papel da assistência social nesse contexto. “Estamos trazendo aqui informações para que sejam discutidas políticas públicas que levem em conta a necessidade de preservar os recursos hídricos e de garantir o acesso a eles de forma justa e igualitária”, relatou.
Num panorama sobre o que representa a tarifa social da água, os critérios de usuários elegíveis, como: estar inscrito no CadÚnico, ser morador de conjunto habitacional ou favelas e os valores aplicados, Patricia Finamore, da UFRJ, destacou o número de moradias com tarifa social no município de Japeri e a necessidade de maior transparência nos critérios de elegibilidade.
Para o morador do Delamare, Waldomiro Paulino Filho, é preciso, inclusive, definir para a população a origem da água da cidade. “Hoje eu pude conhecer quem fornece a nossa água, para saber de quem cobrar”, disse ele que pretende levar as informações para os moradores do seu bairro.