Quadra Poliesportiva de Nova Belém recebe exibição artística nos dias 29, 30 e 31 de agosto
Os alunos de escolas públicas de Japeri que visitarem a Quadra Poliesportiva de Nova Belém nos dias 29, 30 e 31 de agosto terão a oportunidade de desfrutar de uma experiência inesquecível: o Teatro Cego. A iniciativa, que é desenvolvida pela C-Três Projetos Culturais e conta com o apoio da Prefeitura na edição em Japeri, consiste na exibição de uma peça dentro do Espaço Itinerante, onde o público abdica da visão e acompanha o espetáculo através dos outros sentidos, como o olfato, paladar, tato e audição.
Na manhã desta terça-feira (29/08), os estudantes do Colégio Estadual Barão do Rio Branco formaram o público estreante do Teatro Cego em Japeri. Por meio de aromas, músicas e sensações táteis, os jovens japerienses curtiram os 45 minutos da peça “Clarear pra juventude”, que tem como objetivo fomentar as reflexões acerca da acessibilidade. O diretor do Teatro Cego, Paulo Palado, enalteceu a proposta do espetáculo.
“Temos uma personagem com deficiência visual, um com deficiência auditiva, um fanático por futebol e um argentino. Todos eles vivem em uma república e, apesar das diferenças, são ótimos amigos e convivem de forma saudável. As interações no decorrer da peça mostram que essas diferenças entre as pessoas devem ser vistas como algo positivo. Queremos que as crianças e adolescentes que acompanham o espetáculo possam se colocar no lugar das outras pessoas e se tornem jovens engajados na busca por uma sociedade mais acessível, inclusiva e respeitosa”, disse.
O diretor de Cultura do município, Bruno Medsta, elogiou o Teatro Cego. “Achei uma proposta ousada, acompanhei a montagem e estava super curioso para experimentar isso, mas a proposta vai além. É fazer, de fato, com que nos coloquemos no lugar do outro. Magnífico!”, celebrou.
Alunos aprovam iniciativa
Os estudantes do Colégio Estadual Barão do Rio Branco que acompanharam a peça nesta terça-feira ficaram encantados com a experiência. O jovem Alexandre Nunes, de 16 anos, elogiou o elenco da peça, que conta com atores com deficiência visual. “Foi muito legal! Nunca tinha vivido nada parecido. O ambiente do Espaço Itinerante é totalmente escuro, então realmente parecia que não podíamos contar com a nossa visão. Os artistas são muito talentosos”, apontou.
Já Guilherme da Silva, de 17 anos, valorizou a oportunidade de aprender sobre a realidade de outras pessoas. “A história é muito bacana. Vimos que, apesar das diferenças, é completamente possível termos um relacionamento saudável com todas as pessoas, basta ter respeito e sensibilidade”, defendeu.
Fotos: Aline Lopes