Semus apresenta os novos fluxos de controle da tuberculose

A capacitação foi para os médicos da Atenção Básica e o processo faz parte da descentralização do cuidado integral ao paciente portador da doença 

Uma enfermidade antiga, uma doença transmissível, infecciosa e limitante, e um importante problema de saúde pública. Assim a tuberculose estreou como tema principal no encontro que reuniu médicos da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Japeri para apresentação dos novos fluxos municipais sobre o processo de descentralização do cuidado integral ao paciente portador do bacilo de Kock. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira, (5), no auditório do Centro Municipal de Especialidades (Cemes), de Engenheiro Pedreira. 

A capacitação, organizada pelo Programa Municipal de Tuberculose, tem como objetivo principal preparar e alertar todos os profissionais sobre os principais sintomas, a importância da captação do paciente sintomático respiratório, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a cura da doença.  

“A descentralização vai permitir a absorção total dos pacientes da Atenção Básica. Com esse fluxo, ele não vai mais precisar se deslocar até o Cemes. Essa doença limita as atividades, mas com o tratamento, agora, perto de casa, nossos números de pacientes faltosos certamente vão diminuir”, disse a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Renata Lameira. 

O evento teve como palestrante a médica infectologista do Programa Municipal de Tuberculose, Bruna Barra, que destacou como Japeri se comporta diante da doença. “Aqui em Japeri, 95% dos pacientes já estão sendo testados, mas esse novo protocolo aproxima ainda mais o paciente do tratamento”, explicou Bruna. 

A infectologista do Programa Municipal de Tuberculose, Bruna Barra foi a palestrante do evento

Para a médica da UBS Lagoa do Sapo, Michelle Martins, a frequência dessas capacitações no município demonstra a grande incidência dessa doença. “Essas capacitações nos auxiliam no manejo correto gerando assim um dinamismo no atendimento e desafogando o profissional especialista”, disse. 

Atualmente, o Programa Municipal de Tuberculose atende 51 pacientes. E, em média, 12 novos casos são inseridos mensalmente. 

Com o novo fluxo de atendimento na Atenção Primária, os Agentes Comunitários de Saúde passam também a ter um papel importante, a comprovação do uso medicamentoso. E que pela nova norma técnica do Ministério da Saúde pode ser feita agora por vídeo chamada.

O tratamento da tuberculose é feito em todas as faixas etárias e dura em média seis meses.

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