Japeri fala de cuidados e acolhimento na saúde mental

As ações foram realizadas nas unidades e fazem parte das atividades do ‘Janeiro Branco’

Palestras, informações e acolhimento, assim a equipe de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), vem realizando as atividades de conscientização do ‘Janeiro Branco’. Nos dias, (24 e 25), a ação aconteceu no Centro Municipal de Especialidades (Cemes) e na Casa da Mulher, ambos em Japeri.

“Estamos iniciando o ano, é como se todos tivessem diante dos olhos uma tela em branco pronta para desenhar as próximas linhas da vida. Nosso papel enquanto profissionais de saúde é conscientizar para que as pessoas consigam identificar e superar seus medos ou situações que impeçam o bom desenvolvimento da saúde mental”, destacou a subsecretária de Atenção em Saúde, Tatiana Soares. 

“Já avançamos muito nesse movimento em prol do tratamento e da ampliação dos serviços e informações, mas buscamos a cada dia contribuir mais e mais para a melhoria da qualidade de vida da população. Hoje, nossos equipamentos de atendimento à saúde mental tem uma integração e uma cooperação entre as equipes e as demais unidades, por isso estamos falando de saúde mental em toda a cidade”, completou a gestora.  

No Cemes de Japeri, cerca de 80 usuários que aguardavam para a realização de consultas e procedimentos receberam o acolhimento dos profissionais que atuam na saúde mental. Segundo a assistente social, Maria da Glória, os usuários receberam informações sobre os males que comprometem a saúde mental, mas também sobre os benefícios de se manter o corpo e a mente em movimento.

“As pessoas pensam que os exercícios servem somente para o corpo físico, mas refletem numa disposição para alimentação, permite momentos de descanso com maior qualidade e contribuem para uma integração social”, disse a profissional no Cemes, que repetiu a palestra para outros usuários do Caps II Jorge Tannus Rejame e da Casa da Mulher.

A moradora de Nova Belém, Ana Maria Nascimento, (52), ficou atenta às informações e destacou o quanto a solidão também contribui para as doenças de saúde mental. “Eu ficava muito sozinha em casa, todos iam para o trabalho, para a escola, era como se eu assistisse uma tv, todos indo e vindo e eu no sofá. Agora, faço caminhada, aprendi pintura em tecido e a mexer no zap”, disse se referindo ao aplicativo de mensagens.  

Janeiro Branco no Cemes de Japeri, Caps II e Casa da Mulher

Em mais um dia de palestra no Caps II Jorge Tannus Rejame e na Casa da Mulher,  a assistente social, Maria da Glória,  destacou que em saúde mental todo o tratamento é um processo, com etapas mais curtas e outras mais longas e complexas. Mas, é antes de mais nada recompensador o progresso de cada usuário.

 “A cada vez que falamos, usuários e familiares assimilam um pouco mais sobre os cuidados, sobre os tratamentos e sobre os serviços que a cidade oferece. A cada dia avançamos mais e às vezes, vamos para trás, mas tomamos impulso para continuar na luta. Nas outras unidades, as pessoas se sentem à vontade para falar e fazer perguntas sobre acompanhamentos e tratamento”, relatou a assistente social.

Fotos: PMJ

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