Centro de Reabilitação Infantil tem tarde de reflexão, cultivo da paz e da tranquilidade

As famílias dos usuários puderam compreender sobre a valorização da existência e cuidados com a saúde mental

“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para”, com versos de Lenine, a canção ‘Paciência’ trouxe uma reflexão sobre a velocidade da vida moderna e a necessidade de se cultivar a paz e a tranquilidade num mundo que exige tanta urgência. Foi o ‘Janeiro Branco’ do Centro de Reabilitação Infantil (Cri) que aconteceu nesta terça-feira, (23), e reuniu equipe, pacientes e familiares no Centro Municipal de Especialidades, em Engenheiro Pedreira.  

O evento contou ainda com palestras, dinâmicas e muita descontração. A psicóloga Simone Portes realizou o acolhimento das famílias e desmistificou os males, os preconceitos e as dúvidas que cercam e retardam o entendimento das pessoas sobre os cuidados com a saúde mental. 

“Sentir tristeza, irritabilidade, aprender a dar limites ao que te incomoda e entender como você se sente diante de tudo isso é importante. E, reconhecer que precisa de ajuda é um convite a valorização da sua existência plena e a oportunidade de apreciar os momentos vividos”, disse a profissional que atende no Cri. 

Para a subsecretária de Atenção em Saúde, Tatiana Soares, a cidade vive um momento muito importante de atenção com a saúde mental, principalmente com as campanhas de conscientização que vem mudando a forma como as pessoas se veem e como percebem o outro.

 “Todos nós precisamos de cuidados com a saúde mental. Mas, as urgências da vida, o fato de estarmos sempre no cuidado com o outro, sejam filhos, marido ou irmãos, nos faz ficar sempre em segundo plano. Mas, quando nos cuidamos, descobrimos quem somos, o quê gostamos e como devemos ser respeitados”, relatou. 

Bem junto a ela, Amanda Nascimento, moradora do entorno da unidade, agradeceu a chegada da psicopedagoga, Giselda de Almeida, que passa a atender os seus dois filhos, de 4 e 12 anos. “Ser mãe atípica não é fácil, eu reconheço o esforço da equipe e sinalizo mais e mais para que o atendimento fique melhor para os meus filhos e para todas as crianças”, apontou a genitora. 

Com o ‘Janeiro Branco’, o ano começa no CRI com muitas novidades 

A coordenadora de saúde mental, Caroline Pimentel, destacou que o mês de janeiro trouxe não somente os trabalhos de conscientização, mas, novidades que refletem diretamente no atendimento humanizado e na integração da equipe com as famílias.

 “Estamos realizando um trabalho integrado, recebemos profissionais de psicologia que estarão compondo a equipe e aumentando nossa capacidade de atendimento, além de brinquedos lúdicos que irão contribuir para o desenvolvimento do trabalho”, informou a gestora. 

Durante o evento, as profissionais de assistência social, Cristiane Fonseca; a psicóloga Thais Oliveira e a assistente de psicologia Priscila Rocha declamaram a música, ‘Paciência” e mostraram as famílias, que devem apreciar cada momento vivido e numa só voz, todos cantaram “A vida é tão rara, tão rara”.

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